sexta-feira, 14 de março de 2014

O CENTRO DE IDIOMAS DE TAUÁ E SUA MERECIDA DENOMINAÇÃO | Professor João Álcimo

O CENTRO DE IDIOMAS DE TAUÁ E SUA MERECIDA DENOMINAÇÃO


(Discurso proferido por João Álcimo Viana Lima na solenidade de inauguração da sede própria do Centro Municipal de Idiomas de Tauá (CEMIT) Prof. Luiz Gonzaga Feitosa Lima, em Tauá/Ceará, em 25 de setembro de 2013).


Agradeço, na qualidade de ex-Secretário da Educação, a todos os conselheiros dos três conselhos aqui mencionados (Conselho Municipal da Educação, Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB e Conselho de Alimentação Escolar), que cumpriram, com dedicação, seus mandatos no biênio 2011/2013. Ao mesmo tempo, parabenizo a todos os conselheiros ora oficialmente empossados, que, a partir da indicação de suas instituições ou de seus pares, estão se propondo ao trabalho em órgãos colegiados e, portanto, de grande relevância para a educação municipal.
A respeito do Centro Municipal de Idiomas de Tauá (CEMIT), criado em 2007 na 2ª gestão da prefeita Patrícia Aguiar, é inconteste a grandeza de sua concepção e implantação. Em um mundo competitivo e de rompimento de fronteiras nacionais, por meio da tecnologia e de acordos transnacionais, o aprendizado de outro idioma, para além da língua pátria, representa enorme significado.
Em Tauá, de forma inovadora, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria da Educação, implantou este Centro de Idiomas, que se trata de uma Unidade Escolar de atividades complementares, com cursos estruturados em Língua Inglesa e Língua Espanhola.
Este prédio, que se inaugura na data de hoje, está em funcionamento desde o 1º semestre de 2013. Trata-se de mais um sonho concretizado, haja vista que a importância e a dimensão do CEMIT mereciam uma estrutura como esta: moderna e compatível com suas perspectivas de expansão e de ótimo atendimento ao público matriculado. Para essa concretização, registro e agradeço o papel determinante do vice-governador Domingos Filho, da prefeita Patrícia Aguiar, do ex-prefeito Odilon Silveira Aguiar e do deputado Domingos Neto. Agradeço, também, a todos os nossos profissionais que conduziram e conduzem as atividades do CEMIT, em nome de nossa equipe pedagógica da Secretaria da Educação, da diretora Iva Caracas, da coordenadora pedagógica Aparecida Feitosa e da ex-coordenadora Maria Noronha.
Senhoras e senhores, em todos os aspectos que podermos enumerar, este equipamento público educacional está merecidamente denominado de Prof. Luiz Gonzaga Feitosa Lima, o saudoso e imortal Lulu Lima.
Tive o privilégio no período que se iniciou em meados de 1995, quando de minha vinda para Tauá como professor concursado da UECE e já com a missão de ser o primeiro diretor do CECITEC, de ter mantido vários contatos com o professor Lulu Lima, até meados de 1996 (data de seu falecimento). Tive o privilégio, inclusive, de ser hóspede do casal Lulu Lima e Dona Julinha, em meus primeiros dias de Tauá, daí a feliz lembrança e minha enorme gratidão.
Nos contatos com o professor Lulu Lima, admirei-me com o jornalista/escritor, que dirigia e escrevia o jornal Folha dos Inhamuns. Nosso homenageado era um exímio redator. Nos contatos com o professor Lulu Lima, vi-me diante do professor de Letras, que assim como um de seus irmãos, o professor Feitosa, tinha o prazer de discorrer sobre interpretação textual. Encantei-me e fiz algumas parcerias com o poeta, que era rico na expressão e muito preciso na rima e na métrica. Nos contatos com o professor Lulu Lima, soube um pouco de sua experiência como gestor da educação e cultura municipal de Tauá. Contei com seu destacado apoio para o início das atividades do Centro de Educação, Ciências e Tecnologia da Região dos Inhamuns (CECITEC). Maravilhei-me com o grande músico, intérprete e compositor.
Lembro-me que ao vê-lo cantar, indaguei a razão de ele, com todo aquele potencial vocálico (na verdade, um vozeirão na mais completa acepção da palavra), não ter seguido o caminho da profissionalização. Ele, imediatamente, me disse: “Professor Álcimo, canto por diletantismo, não canto por profissão”. Nascido e tornado adulto na época de esplendor da voz grave, dos círculos boêmios e dos festivais musicais, Lulu, com pequena variação de idade para mais ou para menos, foi contemporâneo de vozes consagradas como Cauby Peixoto, Altemar Dutra, Agnaldo Timóteo, Agnaldo Rayol e Moacyr Franco. Lulu, situado em outro espaço geográfico deste país de dimensão continental, estava, no mínimo, no mesmo nível daqueles. Mas, preferiu usar a música para o seu deleite e para o deleite de seus familiares e amigos.
Como compositor, suas músicas cantaram o AMOR, a NATUREZA e o SERTÃO. “Sertão Bonito” está, a meu juízo, equiparada à música “Luar do Sertão”, de Catulo da Paixão Cearense e consagrada na voz de Luiz Gonzaga. “O amanhecer da minha terra” está, no mínimo, no mesmo nível de “No rancho fundo”, de Ary Barroso e Lamartine Babo.
Em outra oportunidade, comentei que Tauá devia uma grande homenagem a Luiz Gonzaga Feitosa Lima, patrono da cadeira nº 5 da Academia Tauaense de Letras, ocupada por mim, com muita honra. Eis que esta homenagem se realiza.
Finalizo declamando o desejo do professor/compositor/poeta: “Como eu queria ser igual a passarada, viajar na alvorada e voltar no anoitecer”.
Muito obrigado!

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