TAUÁ / MARIA FARINHA
(Aurélio Loiola)
A terra
que se ama
é tal
qual a mulher amada:
companheira
do dia-a-dia,
sol,
calor, noite de luar,
estrela,
constelação,
bússola,
harmonia,
bem-estar,
um
carrilhão de poesia!...
Pulsa,
vibra em minha vida
tal
sentimento profundo:
Tauá é
a mais querida
deste
planeta do mundo.
Dos
Inhamuns, a riqueza,
no
comércio, agricultura,
tem
Faculdade, “beleza”,
é um
polo da Cultura.
Por lá
eu era roceiro,
também
vaqueiro romântico...
por
aqui, eu sou praieiro
junto ao
Oceano Atlântico.
Hoje,
esta é minha roça:
bela
Maria Farinha –
tem
mar, coqueiros, palhoça...
Majestade
princesinha.
São
minhas terras queridas:
Tauá,
Maria Farinha:
aquela,
berço, torcidas ...
esta,
hoje, é Pátria minha.
Saudade
é doce coceira,
fervente
que nem panela,
mexe,
mexe a vida inteira
e
ninguém vive sem ela...
Sou
vaqueiro da saudade,
boiadeiro
do sertão,
cultivo
a fraternidade
com
profunda devoção.
Dos
Inhamuns, a Princesa,
minha
querida Tauá,
tem
encanto, tem beleza,
orgulho
do Ceará.
É Tauá,
cidade bela,
a terra
do meu cantar;
sua
gente mui singela,
um pedaço
do luar...
Mexe
com a gente a saudade,
que alegra
e nos faz bem,
visão
de felicidade
esta
lembrança de alguém.
Velha
Fazenda Bezerros,
o meu
torrão mui amado,
mesmo
bastante distante,
sou por
ti apaixonado.
Quando
mais ele me amou,
eu
deixei o meu sertão;
mas ele
não me deixou:
é de
sangue, um irmão.
Adeus,
querido sertão!
Outra
missão me chamava –
continuo
preso a ti,
longe de
tudo que amava.
Aurélio Loiola |
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