quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

ESCOLA CAMPEÃ DO CARNAVAL DO RIO FEZ HOMENAGEM AO REI DO BAIÃO.

A Escola de Samba Unidos da Tijuca venceu, de forma acirrada, mas inconteste, o carnaval do Rio de Janeiro deste ano. É a terceira conquista da agremiação, que havia sido campeã em 1936 e 2010.

Luiz Gonzaga
Mas o que destaco é o enredo escolhido pelo carnavalesco Paulo Barros, com o título "O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão". A Unidos da Tijuca teve, portanto, o mérito de homenagear o grande Luiz Gonzaga, o maior músico da história brasileira (ao meu juízo).

Desfile da Unidos da Tijuca
A letra do samba-enredo retrata composições consagradas na voz de Luiz Gonzaga e que integram sua vasta e rica obra musical. Ressalte-se que no próximo 13 de dezembro, será o 100º aniversário de nascimento do nosso Rei do Baião.

Abaixo, segue a letra do samba-enredo da Unidos da Tijuca:
Composição: Cesinha, Jorge Calado, Josemar Manfredini, Silas Augusto e Vadinho.

A minha emoção vai te convidar
Canta Tijuca vem comemorar
"Inté Asa Branca" encontra o pavão
Pra coroar o "Rei do Baião"

Nessa viagem arretada
Lua clareia a inspiração
Vejo a realeza encantada
Com as belezas do sertão!
"Chuva, sol" meu olhar
Brilhou em terra distante
Ai que visão deslumbrante, se avexe não!
Muié rendá é rendeira
E no tempero da feira
O barro, o mestre, a criação!

Mandacaru a flor do serrado
Tem "xote menina" nesse arrasta pé
Oh! Meu padim, santo abençoado
É promessa eu pago, me guia na fé

Em cada estação, a "triste partida"
Eu vi no cangaço vida severina
À margem do Chico espantei o mal
Bordando o folclore raiz cultural...
Simbora que a noite já vem,
"Saudades do meu São João"
"Respeita Véio Januário, seus oito baixo tinhoso que só"
"Numa serenata" feliz vou cantar
No meu pé de serra festejo ao luar...
Tijuca a luz do arauto anuncia
Na carruagem da folia, hoje tem coroação!

 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Pesquisa confirma desequilíbrio de gastos com educação básica.

Prezados(as),

Faço a postagem de matéria, publicada pela Rede Brasil Atual, sobre relevante pesquisa realizada pela UNDIME, com apoio do UNICEF e Fundação Itaú Social. O relatório foi apresentado no último dia 8 de fevereiro, em Seminário promovido pela UNDIME, que contou com as presenças de seus integrantes do Conselho Nacional de Representantes.


Ressalto, ainda, que Tauá foi um dos mil municípios brasileiros incluídos na amostra e um dos que tiveram a atenção em responder o formulários com perguntas alusivas aos gastos com a educação municipal.

Lamentavelmente, foi constatada, mais uma vez, a grande disparidade, em termos de investimentos, que existe entre as regiões Norte/Nordeste e as regiões Sul/Sudeste. 



São Paulo - A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) divulgou nesta sexta-feira (10), em São Paulo, a pesquisa "Perfil dos Gastos Educacionais nos Múnicipios Brasileiros". O estudo revela que a aplicação de recursos na educação básica encontra-se abaixo do recomendado pelo CAQi- Custo Aluno Qualidade Inicial. 

A pesquisa confirmou a forte desigualdade de investimentos entre as regiões. Com base em dados de 2009, foi constatado que o valor médio encontrado em creches no Nordeste representa apenas 36,5% da média nacional. Já o valor encontrado no Sudeste é 4,4 vezes maior do que o praticado no Nordeste e 1,6 maior do que a média nacional. Mesmo no ensino fundamental, a diferença entre Sudeste e Nordeste é de quase duas vezes maior (1,91) (grifos meus).

Na região Nordeste, por exemplo, o valor médio aplicado pelos municípios em 2009 foi de R$ 1.876,89, o que representa apenas 29,1% do indicado - R$ 6.450,70.

A presidenta da Undime, Cleuza Rodrigues Repulho, declarou que o resultado do estudo já era esperado. "O investimento em creches é muito diferente nas regiões do Brasil". Segundo ela, a pesquisa é apenas mais uma comprovação de que o Plano Nacional de Educação (PNE) precisa ser aprovado com a destinação de 10% do PIB para o setor.”

Cleuza Repulho (presidenta da UNDIME).
 "Onde a gente consegue concentrar riqueza e arrecadação de impostos tem feito diferença para educação", disse Cleuza. Ela afirmou que a educação tem evoluído de forma mais perceptível nos locais que concentram riqueza e arrecadação de impostos. "As oportunidades não são iguais para todos e, infelizmente, a criança acaba "valendo pelo local onde ela nasce".

A pesquisa foi realizada durante oito meses. Mil municípios foram selecionados por meio de sorteio e avaliados com base nos dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope). Os itens analisados foram o montante gasto em manutenção e desenvolvimento do ensino em municípios; valor investido por aluno na rede municipal, discriminado em creche, pré-escola, séries iniciais e séries finais do ensino fundamental e educação de jovens e adultos; diferenças regionais existentes entre os municípios.

Matéria disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/educacao/2012/02/pesquisa-da-undime-revela-que-gastos-com-a-educacao-estao-abaixo-do-ideal.

O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DE BASE.

Transcrevo, abaixo, artigo do professor e senador Cristóvam Buarque, intitulado "Ministério da Educação de Base", publicado pelo jornal Folha de São Paulo, em 5/2/2012.

Acredito que a proposta do Senador encontrará muitas resistências dos segmentos universitários e do próprio governo federal. Dificilmente, será implantada no atual mandato. Mas, ao seu estilo reflexivo, Cristóvam aborda algo que suscitará polêmicas e que merece nossa atenção

Leiamos o artigo:


Senador Cristóvam Buarque
Na verdade, o MEC é o Ministério do Ensino Superior e Escolas Técnicas; pouca importância é dada à educação de base.

Durante os meses em que fui ministro do presidente Lula, recebi centenas de parlamentares em audiências. Apenas um deles fez um pedido relacionado ao ensino fundamental. Poucos falaram sobre as escolas técnicas. Quase todos trataram do ensino superior.

Na verdade, o MEC (Ministério da Educação) é um Ministério do Ensino Superior e das Escolas Técnicas. As ações educacionais de base para crianças e adolescentes estão sujeitas à falta (e à desigualdade) de recursos dos Estados e municípios.

O ministro comemora as suas realizações e assume responsabilidades apenas no que se refere ao ensino superior. Ele não assume a responsabilidade pelo analfabetismo e pelo atraso educacional.

Os governos FHC e Lula aumentaram o número de alunos no sistema superior e criaram novas escolas técnicas, mas o Brasil não saiu da vergonhosa tragédia de sua educação de base. E tanto a ampliação do sistema universitário quanto a do ensino profissional estão fracassando por falta de base educacional de seus alunos.

Temos uma história de apoiar o ensino superior, menosprezando a educação de base. Temos um programa "Universidade para Todos", mas não temos um programa ambicioso para "Todos Alfabetizados". Não há também o "Todos com Ensino Médio de Qualidade".

Assumimos o ensino superior como questão nacional e deixamos a educação de base como questão local, Estadual ou municipal.

A prova é que, em 2009, o governo federal cobriu apenas 3% dos gastos diretos com a educação de base, chegando a 13% se incluirmos o ensino profissional.

Graças ao programa Bolsa Escola, que não é mais administrado pelo MEC, foi possível avançar na universalização da matrícula, mas não na frequência, na assistência e na permanência - e ainda menos no aprendizado.

Lula sancionou a lei do Senado para o piso salarial do professor, mas o valor é mínimo e até hoje não é cumprido pela maioria dos Estados e municípios.

O Brasil precisa de um ministério que se dedique à educação de base, como no passado fez com a saúde, com a cultura e com o esporte.

Para cada setor da sociedade, temos um ministério. Só na área econômica, são cinco. Mas não há qualquer autoridade nacional responsável pela educação de base.

Em diversos países, além do ministério da educação de base, há outro dedicado apenas ao ensino superior. Sugeri isso ao presidente Lula antes da sua posse. Hoje, com 38 ministérios, é difícil justificar mais um. Mas é possível concentrar o MEC na educação de base, migrando a Secretaria de Ensino Superior para o MCT, que passaria a ser o Ministério da Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e Inovação.

A principal justificativa para isso é político-administrativa. O ministro dedicado apenas à educação de base terá de concentrar a sua atenção nesse setor. Há também uma justificativa do ponto de vista estratégico: criar no Brasil um sistema nacional do conhecimento, que será eficiente quando todos receberem uma boa educação de base.

Esse é um passo necessário e decisivo para transformar o setor que mais emperra o avanço civilizatório do Brasil, propiciando o salto para economia baseada no conhecimento e quebrando a desigualdade social por meio da igualdade no acesso à educação de base.

Esse é o objetivo do projeto de lei do Senado 518/2009.

Cristovam BUARQUE, 67, é professor da UnB (Universidade de Brasília) e senador pelo PDT-DF.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

LETRA CURSIVA SOB AMEAÇA.

Abaixo, reproduzo parte de matéria publicada so site do jornal Tribuna do Planalto, de Goiânia.

Disponível em: http://www.tribunadoplanalto.com.br/escola/13779-letras-em-conflito-

Letras em conflito

Você se lembra de ter recebido uma carta de um amigo nos últimos seis meses? Talvez um bilhete ou uma longa missiva de amor? Não?! Calma, não se desespere, não há problema algum com você! Nesses tempos de alta tecnologia, dos tablets e smarthphones, o normal é receber e-mails, torpedos e mensagens de redes sociais. E, como era de se esperar, toda essa inovação foi parar nas escolas.

Não é de hoje que jovens levam notebooks para sala de aula, usam os celulares para fazer vídeos e até abusam do famoso “Crtl C” “Crtl V”(copiar e colar) para fazer os trabalhos escolares. Mas, o que antes acrescentava, agora ameaça eliminar uma cultura milenar: a letra cursiva.

Isso porque em 46 estados dos Estados Unidos o ensino da letra cursiva será opcional no momento, e tem a previsão de ser banido definitivamente nos próximos anos. A iniciativa é do Common Core Stated Standards Initiativa (Iniciativa para um Padrão Comum de Currículo), grupo que é responsável pela padronização do ensino básico no país.

A justificativa do grupo é que as crianças de hoje praticamente não precisam mais escrever à mão, tornando essa forma de escrita ultrapassada. Para eles, o melhor é se concentrar no aprendizado das letras de forma e na digitação. A medida não é obrigatória. As escolas ainda podem ensinar a letra cursiva, caso achem necessário. Mas a recomendação do grupo é que elas deixem de oferecer tal aprendizado.

Polêmica
Como o que acontece nos Estados Unidos reflete no mundo inteiro e gera tendências, a medida acabou virando polêmica. Por aqui, a notícia não foi muito bem recebida pelos professores. Para eles, a letra cursiva ainda é necessária. “Ela faz parte da história e da cultura do homem. A letra cursiva é necessária porque caracteriza a nossa escrita à mão”, defende Cinthia Rocha, professora de alfabetização da Escola Municipal Isabel Espiridião Jorge.

Posição semelhante é a da também professora de alfabetização da Escola Municipal Isabel Espiridião Jorge, Regina de Oliveira. “A letra cursiva faz parte da nossa cultura tanto como a letra de imprensa”, alerta ela. Atualmente, não há mais aquela cobrança pela estética da letra cursiva. Se antes os alunos ficavam horas treinando a beleza de sua caligrafia, hoje os professores cobram é o traço correto. “Eu acredito que as duas letras poderiam caminhar juntas, mesmo porque você vai encontrar a letra cursiva em outros suportes, como assinaturas e também em textos e anúncios publicitários,” ressalta Regina.

Secretários municipais de Educação podem requerer a não divulgação do Ideb e Prova Brasil .

Abaixo, segue matéria publicada no site do INEP. Em breve, voltarei a falar sobre a divulgação dos resultados de aprendizagem das escolas e das redes de ensino. 

Disponível em: http://tinyurl.com/7l2juef.
 
Os Secretários de Educação de municípios que fizeram, em 2008, a ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos tem de 2 a 29 de fevereiro para requerer ao INEP a não divulgação dos resultados, de 2011, do Ideb e da Prova Brasil.


Para requerer a não divulgação dos resultados, é preciso seguir os procedimentos explicitados aqui. Sendo que, de acordo com a Portaria MEC nº 1.696, de 1º de novembro de 2011, o MEC e suas autarquias vinculadas utilizarão para todos os fins e efeitos os dados referentes ao Ideb de 2009 dos municípios que não tiverem o Ideb de 2011, até que sobrevenha a divulgação de dados mais atualizados.

As dúvidas sobre esses documentos ou procedimentos podem ser esclarecidas pelas diretorias de Estatísticas Educacionais (DEED) e de Avaliação da Educação Básica (DAEB) do Inep, através dos telefones 2022-3380 / 3326.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

MEC avalia possíveis causas da queda de incrições no segmento EJA.

Abaixo, segue matéria publicada no site da Rede Globo, que aborda as possíveis razões da queda de matrículas em Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para além do que foi dito, ressalto a grande dívida histórica e social do Brasil no tocante aos investimentos na educação pública. A necessidade de termos a EJA como modalidade de ensino é uma consequência dessa dívida. Além disso, há uma tendência, em meio a uma atenção maior dada à educação nos últimos anos, que se priorize nas políticas públicas a educação escolar ministrada regularmente nos níveis de ensino em que os alunos estão matriculados na idade certa ou aproximadamente à idade certa.




Disponível em: http://redeglobo.globo.com/globoeducacao/noticia/2012/01/mec-avalia-possiveis-causas-da-queda-de-incricoes-no-segmento-eja.html
O número de matrículas na educação para jovens e adultos está caindo, de acordo com dados do Censo Escolar 2010. Em 2009, 4,6 milhões de alunos estavam matriculados na modalidade. Em 2010, o registro foi de 4,2 milhões, uma redução significativa de 8%. A maior queda ocorreu entre os alunos do Ensino Médio. A quantidade de escolas que oferece a modalidade no país também vem diminuindo. Em 2007, 42.753 colégios ofereciam turmas de EJA. Em 2010, este número ficou em 39.641. Para Edmilson Leite, representante dos Fóruns EJA do Brasil na Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (CNAEJA), o fato é grave e a diminuição de matrículas pode estar acontecendo por diversos fatores:

Edmilson Leite, representante dos Fóruns de EJA.
“Temos algumas ideias a respeito. Uma delas é que com o aumento da alfabetização da população, fica mais difícil chegar até as pessoas analfabetas. Outro fator que já pedimos para o Ministério da Educação (MEC) avaliar é o que diz respeito ao investimento no setor, mais baixo do que em outras modalidades de ensino. Para cada matrícula na EJA, as redes estaduais e municipais recebem 80% do valor pago por estudante do Ensino Fundamental matriculado na rede regular da área urbana. Há municípios que preferem colocar os adultos em turmas regulares, para obter mais recursos. Todos os níveis deveriam ter o mesmo percentual de investimento”, defende.

Mauro José da Silva, diretor de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos do MEC, assume que realmente o número de matrículas na modalidade está caindo desde 2006, mas diz que o ministério está tentando reverter essa situação ou, pelo menos, descobrir o que está provocando a queda de matrículas de jovens e adultos.

“Desde 2007 nós temos as agendas territoriais, com representantes de vários segmentos, para sentar e entender a situação. O que percebemos é que temos uma oferta de alfabetização consistente, mas existe dificuldade de oferecer oportunidade para que as pessoas continuem os estudos. Temos 14 milhões de analfabetos e 60 milhões de pessoas que não concluíram o Ensino Fundamental. Mobilizamos nossos esforços para que essas pessoas completem os estudos. Sobre o investimento em EJA, não adianta ampliar o recurso, se os estados e municípios não o utilizam no setor. Estamos cobrando explicações em relação a isso”, completa.

GESTÃO DE FERNANDO HADDAD: A VISÃO DO PRÓPRIO MEC.

Ainda sobre a gestão de Fernando Haddad, como Ministro da Educação, reproduzo matéria da Assessoria de Comunicação Social do MEC.

Gestão de Haddad atendeu a todos os níveis da educação 

Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17422:gestao-de-haddad-atendeu-a-todos-os-niveis-da-educacao-&catid=222.



No período de seis anos e meio à frente do Ministério da Educação, Fernando Haddad marcou sua gestão com a implantação de uma visão sistêmica da educação, que consistiu em contemplar, com ações do Governo Federal, todos os níveis de ensino, da creche à pós-graduação. A partir da definição de metas e objetivos em todos os ciclos de ensino, foi criado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), fundamentado no tripé avaliação, financiamento e gestão.

Rede – A expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica permitiu a ampliação e interiorização da oferta de cursos superiores de tecnologia com foco na formação para as demandas do mercado de trabalho. Foram criadas, entre 2003 e 2010, 214 novas unidades, nas cinco regiões do país. Até 2014, outras 208 serão criadas, totalizando 562 unidades em 515 municípios. A ampliação da rede federal também permitiu a expansão do acesso aos cursos superiores, que passaram de 162,8 mil matrículas em 2007 para 282,1 mil em 2010.

Técnico – Com a finalidade de expandir e democratizar a oferta de cursos de educação profissional de nível médio, foi criado o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que teve sua lei de criação sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em outubro de 2011. Desenvolvido pela União, em colaboração com estados, Distrito Federal e municípios e em parceria com a sociedade civil, o programa prevê o financiamento para a formação técnica e profissional por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e a desoneração dos investimentos das empresas em educação profissional.

Superior – O acesso ao ensino superior público também foi ampliado a partir do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que desde 2003 permitiu a criação de novas universidades. O número de vagas passou de 139,9 mil em 2007 para 218,2 mil em 2010. Foram criados 126 novos câmpus, totalizando 274 unidades em 230 municípios, vinculados a 59 universidades.

Financiamento – O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foi reformulado e facilitou a contratação do financiamento pelos estudantes. Desde 2010, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou a ser o agente operador do programa e os juros caíram para 3,4% ao ano. Além disso, passou a ser permitido ao estudante solicitar o financiamento em qualquer período do ano e financiar até 100% da mensalidade. Com as mudanças, cresceu o número de estudantes que recorreram ao Fundo para financiar a graduação, chegando a 167,9 mil contratos firmados desde que passaram a valer as novas regras.

ProUni – O Programa Universidade para Todos (ProUni), que desde 2005 concede bolsas de estudos integrais e parciais em instituições privadas de ensino superior, alcançou a marca, no processo seletivo do primeiro semestre de 2012, de um milhão de estudantes atendidos.

Enem – O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que desde 2005 é utilizado como critério de seleção para o ProUni, passou a ser, em 2009, a principal porta de entrada para instituições públicas de ensino superior, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Atualmente, 95 instituições, entre universidades e institutos federais e estaduais, selecionam seus candidatos por meio do Sisu. Na seleção para o primeiro semestre de 2012 foram 108.552 vagas.

Crianças – Lançado em 2007, o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (ProInfância) tem o objetivo de prestar assistência financeira ao Distrito Federal e municípios, em caráter suplementar, para a construção e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas de educação infantil. Até 2010, o programa firmou convênios com municípios para a construção de 2.528 creches e pré-escolas. A partir de 2011, a construção de creches e pré-escolas tornou-se uma ação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como parte do eixo Comunidade Cidadã. Estão previstas, até 2014, 6.427 novas unidades de educação infantil para atender 2.249 municípios de todo o país. A estimativa é de que sejam investidos, até 2014, R$ 7,6 bilhões no programa.

Valorização – Com o objetivo de incentivar a carreira do magistério nas áreas de educação básica com maior carência de professores com formação específica, foi criado em 2007 o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid).  O programa oferece bolsas para que alunos dos cursos de licenciatura atuem em atividades pedagógicas em escolas públicas de ensino fundamental e médio. Entre os resultados já alcançados estão a redução da evasão e o aumento da procura pelos cursos de licenciatura. O programa passou de 3.088 bolsas concedidas em 2007 para um total de 30.006 bolsas acumuladas até 2011. Foram concedidas 24.175 bolsas para alunos de licenciatura, 2.010 bolsas para coordenadores e 3.811 bolsas para supervisores.

Piso – Outra conquista do magistério foi a regulamentação, em 2008, do piso salarial da carreira. Os professores se tornaram a primeira categoria a ter um piso salarial definido na Constituição Federal. O valor é atualizado anualmente,conforme a variação do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Assessoria de Comunicação Social
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