sábado, 11 de fevereiro de 2012

Pesquisa confirma desequilíbrio de gastos com educação básica.

Prezados(as),

Faço a postagem de matéria, publicada pela Rede Brasil Atual, sobre relevante pesquisa realizada pela UNDIME, com apoio do UNICEF e Fundação Itaú Social. O relatório foi apresentado no último dia 8 de fevereiro, em Seminário promovido pela UNDIME, que contou com as presenças de seus integrantes do Conselho Nacional de Representantes.


Ressalto, ainda, que Tauá foi um dos mil municípios brasileiros incluídos na amostra e um dos que tiveram a atenção em responder o formulários com perguntas alusivas aos gastos com a educação municipal.

Lamentavelmente, foi constatada, mais uma vez, a grande disparidade, em termos de investimentos, que existe entre as regiões Norte/Nordeste e as regiões Sul/Sudeste. 



São Paulo - A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) divulgou nesta sexta-feira (10), em São Paulo, a pesquisa "Perfil dos Gastos Educacionais nos Múnicipios Brasileiros". O estudo revela que a aplicação de recursos na educação básica encontra-se abaixo do recomendado pelo CAQi- Custo Aluno Qualidade Inicial. 

A pesquisa confirmou a forte desigualdade de investimentos entre as regiões. Com base em dados de 2009, foi constatado que o valor médio encontrado em creches no Nordeste representa apenas 36,5% da média nacional. Já o valor encontrado no Sudeste é 4,4 vezes maior do que o praticado no Nordeste e 1,6 maior do que a média nacional. Mesmo no ensino fundamental, a diferença entre Sudeste e Nordeste é de quase duas vezes maior (1,91) (grifos meus).

Na região Nordeste, por exemplo, o valor médio aplicado pelos municípios em 2009 foi de R$ 1.876,89, o que representa apenas 29,1% do indicado - R$ 6.450,70.

A presidenta da Undime, Cleuza Rodrigues Repulho, declarou que o resultado do estudo já era esperado. "O investimento em creches é muito diferente nas regiões do Brasil". Segundo ela, a pesquisa é apenas mais uma comprovação de que o Plano Nacional de Educação (PNE) precisa ser aprovado com a destinação de 10% do PIB para o setor.”

Cleuza Repulho (presidenta da UNDIME).
 "Onde a gente consegue concentrar riqueza e arrecadação de impostos tem feito diferença para educação", disse Cleuza. Ela afirmou que a educação tem evoluído de forma mais perceptível nos locais que concentram riqueza e arrecadação de impostos. "As oportunidades não são iguais para todos e, infelizmente, a criança acaba "valendo pelo local onde ela nasce".

A pesquisa foi realizada durante oito meses. Mil municípios foram selecionados por meio de sorteio e avaliados com base nos dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope). Os itens analisados foram o montante gasto em manutenção e desenvolvimento do ensino em municípios; valor investido por aluno na rede municipal, discriminado em creche, pré-escola, séries iniciais e séries finais do ensino fundamental e educação de jovens e adultos; diferenças regionais existentes entre os municípios.

Matéria disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/educacao/2012/02/pesquisa-da-undime-revela-que-gastos-com-a-educacao-estao-abaixo-do-ideal.

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