Após entrevista concedida ao jornalista Fábio Campos, no programa Jogo Político, em 5/11/2013, na TV O Povo e TV Assembleia, ficou claro que o Vice-Governador Domingos Filho evitará qualquer tipo de polêmica, especialmente quando se tratar de questão relacionada ao pleito eleitoral de 2014. Mas, outra coisa, também, ficou clara: Ele está no páreo. E como está!
Habilidoso com as palavras, exímio articulador, grande conhecedor da atual gestão e dos problemas do Estado, leal ao Governador Cid (de quem se considera coadjuvante na gestão estadual), inteligente nas proposições, determinado em superar desafios, expert no jogo e na conversa de bastidores e “mineiro” no trato. É com esse perfil que Domingos Filho confirma sua pretensão, mas descarta qualquer obsessão e responde às provocações com gestos diplomáticos e acenos por aliança.
Em que pese o estilo discreto, a referida entrevista deixou algumas pistas. A primeira é de que “veto leva a veto”.
Outra pista é que, conforme Domingos Filho, “as lideranças estão para além dos partidos”. Atentem que essa frase foi proferida por um político, que em 20 anos de mandato, só tinha pertencido a um partido (o PMDB, de onde saiu de forma consentida e, segundo ele, mantendo boas relações com seu presidente regional), até se filiar ao PROS, em meados deste ano. Para um bom entendedor, é a liderança (no caso, o Governador Cid Gomes) que decidirá seu candidato a ser apoiado por uma ampla aliança de partidos, possivelmente incluindo o PMDB (conforme deseja e aposta Domingos) e sob a chancela do PROS.
Na entrevista, Domingos Filho cita o Cel. Lourenço Alves Feitosa (intendente de Tauá por vários anos, no início do século XX e reconhecido pelo jurista e escritor Joaquim Pimenta como político letrado e de espírito tolerante). Conforme Lourenço Feitosa, “movimento não mente”. Penso que seja plausível direcionar ao entrevistado a frase de seu antigo conterrâneo, haja vista que ele (Vice-Governador) movimenta-se, mesmo sem deixar muitos rastros, com tolerância e paciência. Mas movimenta-se.
Assim, sem afobação, esperemos por 2014.
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