quinta-feira, 21 de novembro de 2013
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Demolição de prédio histórico: Um exemplo a não ser seguido.
O jornal Tribuna do Ceará "online" e a TV
Jangadeiro veicularam matéria sobre a demolição de uma centenária igreja, no
município de Itapipoca/CE.
Trata-se de um exemplo a não ser seguido, mas que deve
nos levar à reflexão sobre o nosso papel na preservação do patrimônio cultural
de nossos lugares.
A seguir, vejam a matéria.
Demolição
de igreja centenária deixa população indignada.
Alguns moradores foram contra a
derrubada do templo, pois, atualmente, não há nenhuma outra igreja católica na
localidade.
A demolição de uma igreja de 103 anos
em Barrento, distrito de Itapipoca, no interior do Ceará, está causando
polêmica entre os moradores da região.
Alguns moradores foram contra a
derrubada do templo, pois, atualmente, não há nenhuma outra igreja católica na
localidade. Além de não ter onde celebrar missa, também não é possível realizar
velórios. A igreja teve que ser demolida devido a precariedade da estrutura.
Uma vistoria havia apontado risco à população.
Vejam a matéria em: http://tinyurl.com/lg6wycc.
"Mensalão, choradeira e desrespeito", por Érico Firmo.
Prezados(as),
Transcrevo, abaixo, comentário do jornalista Érico Firmo, escrito na coluna "Política', do jornal O Povo, em 19/11/2013.
Embora um primor de previsibilidade, chega a ser engraçada essa
conversa de que os condenados do mensalão são presos políticos.
Despropositada, sobretudo, quando o julgamento parte de um tribunal no
qual oito dos 11 atuais membros foram indicados por Lula ou Dilma
Rouseff. Foram os dois petistas que ocuparam a Presidência da República
que definiram o desenho da Corte.
A própria analogia que fazem José Dirceu e José Genoino com a
perseguição de que foram alvo durante a ditadura só é compreensível na
tentativa de reconstrução simbólica da história, pois o contraste entre
um momento e outro é imensurável. Mas faz parte do jogo. Nunca vi mesmo
nenhum condenado gostar da sentença imposta. Ninguém sai dizendo que o
tribunal acertou. Comportamento extensivo aos simpatizantes. É o que se
costuma chamar de “jus esperniandis” – o sagrado direito de espernear.
A despeito de tudo isso, a forma como as prisões vêm sendo executadas
extrapola a legalidade. Condenados que deveriam estar em regime
semiaberto ficaram, na prática, em regime fechado meio que por inércia.
Está errado. Além disso, transportar para Brasília gente que se sabe que
cumprirá pena nos estados de origem significa – além do circo – apenas
desperdício de dinheiro público. O clamor por condenação não pode jamais
justificar o desrespeito à lei. O respeito aos direitos individuais –
mesmo de criminosos condenados – são garantia de Justiça para todos.
domingo, 17 de novembro de 2013
COMUNICADO DO BLOG.
Prezados(as),
Após um tempo sem postagens, retomamos as publicações em nosso blog. Informo-lhes, também, que estamos em processo de manutenção e atualização das páginas existentes e de criação de outras.
Cordialmente,
João Álcimo Viana.
Após um tempo sem postagens, retomamos as publicações em nosso blog. Informo-lhes, também, que estamos em processo de manutenção e atualização das páginas existentes e de criação de outras.
Cordialmente,
João Álcimo Viana.
As “trombadas” de Caetano, a “aura” de Roberto e a questão das biografias.
Lembro-me
da cena de uma novela da TV Globo, onde a espalhafatosa Viúva Porcina
(interpretada por Regina Duarte), com o beneplácito do amante, o todo poderoso
Sinhozinho Malta (interpretado por Lima Duarte), exigia, em alto e bom som, o
roteiro detalhado do filme que abordaria a saga do suposto mártir e taumaturgo
e seu falso marido Roque Santeiro. O diretor do filme esboçou a defesa de seu
projeto, porém atônito e sob ameaças, viu-se obrigado a submetê-lo, de
imediato, à avaliação e à aprovação prévia de Porcina.
O
referido filme biográfico fez parte de uma ficção televisiva, mas que, sob a
criação do dramaturgo Dias Gomes, revelou características de um Brasil real,
evidenciando o mandonismo local ao velho estilo coronelístico, na fictícia
cidade de Asa Branca. O ano era 1985, que marcou o retorno da democracia no
País; mas dez anos antes, a novela havia sido censurada pela ditadura
militar.
Entendo
que o restabelecimento da liberdade de expressão, incluindo a produção
literária, musical e dramatúrgica, tão cara para a democracia e tão defendida
por vários artistas nos trabalhos da Constituinte pós-regime militar, não se
coaduna com a prévia autorização, parcial ou total, de livros biográficos por
parte dos biografados ou de seus familiares. É porque não faz sentido e fere um
princípio básico da autonomia autoral.
A
autorização prévia fica implícita quando o biografado contrata seu próprio
biógrafo ou quando há um entendimento ou parceria entre eles, como ocorreu,
neste ano, com a publicação do livro "Casagrande e seus demônios",
assinado por ele e pelo jornalista Gilvan Bezerra.
É fato que
temos pessoas públicas que, ao se tornarem fontes de estudo e literatura, sentiram-se
denegridas com o desfecho de suas biografias, a partir da
investigação de suas trajetórias e das informações publicadas. Nesse sentido,
cabem as ações judiciais previstas na Constituição brasileira. Foi, exatamente, a Carta Magna de 1988, a
despeito dos questionamentos em torno do Código Civil (aprovado em 2001), que
garantiu aos brasileiros, em seu artigo 220, a conquista da “manifestação do
pensamento”, “criação”, “expressão” e “informação”, livre de “qualquer censura de
natureza política, ideológica e artística”.
Confesso
que fiquei surpreso com as posições de Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto
Gil, por meio da Associação Procure Saber, na questão que envolve a publicação
de biografias sem prévia aprovação dos biografados. Longe de demonizar a
posição defendida, pois, na divergência, precisamos respeitar o pensamento
oposto. Mas é porque a biografia dos três astros, para além do que
fizeram de grandioso na MPB, está associada à oposição ao regime militar e à
defesa da livre expressão. Por sinal, os três foram vítimas de ávidos censores
e de exílio no auge da ditadura.
Contudo,
não fiquei surpreso com a posição de Roberto Carlos, até porque há muitos anos,
ele se opõe a publicações de livros a seu respeito, tendo recorrido à justiça
para fazer valer o direito à sua privacidade. Esse é o Roberto, que há mais de
cinco décadas, sem parar, mantém-se nas paradas de sucesso e que uma vez
investido de “rei”, comportou-se como tal (zelando sua imagem e preservando sua
“coroa”). Roberto tergiversa sobre assuntos pessoais; fora dos palcos e da
televisão (onde tem contrato de exclusividade com a TV Globo), muito pouco se
expõe; não é afeito a debates públicos, tampouco a comentários polêmicos.
Enquanto,
Roberto Carlos, em 1964, já cantava “É proibido fumar”, Caetano Veloso, em
1968, cantava ousadamente “É proibido proibir”. Embora amigos, os dois têm
comportamentos diferentes: enquanto um radicaliza, o outro relativiza. Por
conta disso, fiquei, outra vez, surpreso com as queixas de Caetano Veloso, em
sua coluna no jornal O Globo, em 3/11/2013, ao afirmar que, no caso das
biografias, ele, Chico, Gil e Djavan apanharam muito da mídia e que Roberto
“vem de rei”. É exatamente por isso que ele (Roberto Carlos) não “apanhou”
tanto, pois não se vê incoerência na sua posição de agora.
Caetano,
também, assevera seu desprezo de cuidar de sua imagem. No entanto, Roberto
Carlos jamais, em sã consciência, fará ou dirá algo semelhante. Na coluna
seguinte, em 10/11/2013, Caetano pede perdão ao amigo e afirma que suas
“trombadas nascem de querer quebrar algum esquema cristalizado”.
Enfim, as
“trombadas” de Caetano e a aura de “rei” de Roberto, tão compatíveis na
parceria musical, evidenciaram-se incompatíveis nos métodos de ação/reação da
Associação Procure Saber. Principalmente, após a explícita opinião pública em
seu desfavor.
Independentemente
dessa posição que tomaram ou de outras que venham a tomar, permaneço
fã de quem compôs e canta “Fera ferida”, “Esse cara sou eu“, “Sampa”, “Força
estranha”, “Construção”, “Trocando em miúdos”, “Vamos fugir”, “Drão”, “Oceano”
e “Meu bem querer”.
(João Álcimo Viana Lima)
sábado, 16 de novembro de 2013
A MOVIMENTAÇÃO DE DOMINGOS FILHO.
Após entrevista concedida ao jornalista Fábio Campos, no programa Jogo Político, em 5/11/2013, na TV O Povo e TV Assembleia, ficou claro que o Vice-Governador Domingos Filho evitará qualquer tipo de polêmica, especialmente quando se tratar de questão relacionada ao pleito eleitoral de 2014. Mas, outra coisa, também, ficou clara: Ele está no páreo. E como está!
Habilidoso com as palavras, exímio articulador, grande conhecedor da atual gestão e dos problemas do Estado, leal ao Governador Cid (de quem se considera coadjuvante na gestão estadual), inteligente nas proposições, determinado em superar desafios, expert no jogo e na conversa de bastidores e “mineiro” no trato. É com esse perfil que Domingos Filho confirma sua pretensão, mas descarta qualquer obsessão e responde às provocações com gestos diplomáticos e acenos por aliança.
Em que pese o estilo discreto, a referida entrevista deixou algumas pistas. A primeira é de que “veto leva a veto”.
Outra pista é que, conforme Domingos Filho, “as lideranças estão para além dos partidos”. Atentem que essa frase foi proferida por um político, que em 20 anos de mandato, só tinha pertencido a um partido (o PMDB, de onde saiu de forma consentida e, segundo ele, mantendo boas relações com seu presidente regional), até se filiar ao PROS, em meados deste ano. Para um bom entendedor, é a liderança (no caso, o Governador Cid Gomes) que decidirá seu candidato a ser apoiado por uma ampla aliança de partidos, possivelmente incluindo o PMDB (conforme deseja e aposta Domingos) e sob a chancela do PROS.
Na entrevista, Domingos Filho cita o Cel. Lourenço Alves Feitosa (intendente de Tauá por vários anos, no início do século XX e reconhecido pelo jurista e escritor Joaquim Pimenta como político letrado e de espírito tolerante). Conforme Lourenço Feitosa, “movimento não mente”. Penso que seja plausível direcionar ao entrevistado a frase de seu antigo conterrâneo, haja vista que ele (Vice-Governador) movimenta-se, mesmo sem deixar muitos rastros, com tolerância e paciência. Mas movimenta-se.
Assim, sem afobação, esperemos por 2014.
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