domingo, 19 de fevereiro de 2023

SEU NOME É GAL: A MAIOR CANTORA DO BRASIL.

João Álcimo Viana Lima

(12/11/2022)


Gal Costa narrou que em 1963, ainda na condição de amadora, mas já conhecida por parte dos cantores que faziam sucesso, teve seu primeiro contato presencial com João Gilberto (seu grande ídolo), na casa do jornalista Sílvio Lamer, em Salvador. Ao observá-la que Gal o assistia cantando e tocando violão com veneração, João perguntou qual era o tom dela. Pediu pra que ela cantasse “Mangueira”. Depois, pediu para cantar a segunda, a terceira e várias outras músicas. A Gal falou: “Fui cantando e ele não falava nada. Fui ficando aflita, achando que ele estava odiando, porque eu estava muito nervosa”. Ao final de uma série de músicas, João Gilberto falou para a jovem Gal Costa: “Você é a maior cantora do Brasil”!



ERASMO CARLOS: NO CAMINHO DE MÚLTIPLAS GERAÇÕES.

João Álcimo Viana Lima 

(26/11/2022)


No último dia 22, o Brasil recebeu a notícia do falecimento de mais um dos seus astros musicais: Erasmo Carlos, aos 81 anos.


Expoente do rock nacional, da jovem guarda e do romantismo; compositor versátil e de vasto repertório, no qual estão presentes as canções “Sentado à beira do caminho” e “É preciso saber viver”; “amigo de fé” e “irmão camarada” de Roberto Carlos; “gigante gentil” e “Tremendão”, que marcou múltiplas gerações de brasileiros.





sábado, 18 de fevereiro de 2023

O FESTBERRO VOLTOU!

João Álcimo Viana Lima

(27/11/2022)

O FestBerro voltou, após seis anos de prolongada espera.

Voltou mais inovador e mais pulsante.

Voltou melhor e maior.

Voltou celebrativo, com uma cidade fervilhando em obras.

Voltou com Patrícia. E com ela, também voltou a autoestima dos tauaenses.

FestBerro da cultura, da gastronomia, da mulher empreendedora.

FestBerro de nossa vocacionada pecuária.

FestBerro dos grandes espetáculos musicais.

FestBerro de Patrícia e Domingos. Sim, eles têm o mérito da ideia e da realização.

FestBerro do povo! De todas e todos! Que bom que ele voltou!

Voltou para ficar no seu lugar. Aqui, em Tauá, a cidade da inovação.






Milton Nascimento: “O que importa é ouvir / A voz que vem do coração”.

(19/11/2022)

Por Rosayne Macedo (Vida & Ação):


"Se todo artista tem de ir aonde o povo está, Milton Nascimento foi, aos 80 anos, se despedir do seu público fiel. Apesar da visível dificuldade para soltar a voz nas estradas como antigamente, o cantor e compositor emocionou as mais de 55 mil pessoas que o assistiram presencialmente na noite deste domingo (13), no Mineirão, em Belo Horizonte, e também as milhares que acompanharam seu último show pela internet."






A REALEZA DE PELÉ.

João Álcimo Viana Lima
(03/12/2022)


O “planeta bola” acompanha com aflição o estado de saúde do Rei Pelé, cujo reinado teve início há 64 anos, quando o futebol brasileiro conquistou seu primeiro título mundial.

A propósito, destaco que o célebre cronista Nelson Rodrigues, em sua coluna “Meu personagem da semana”, publicada pela revista “Manchete Esportiva”, em 8/3/1958, profetizou a coroação de Pelé, à época com dezessete anos, como o rei do futebol. Três meses depois, a Seleção Brasileira estreou na Copa sediada na Suécia, com o adolescente Pelé na condição de reserva. Ao final do certame, Pelé reinava como titular absoluto do escrete brasileiro, com seis gols assinalados (sendo dois deles na final) e ostentava o título de Campeão do Mundo, superando nosso complexo de “vira-latas”. Literalmente, a profecia rodrigueana se cumpriria!

Leiamos alguns recortes da crônica:

“[...]

“Examino a ficha de Pelé e tomo um susto: — dezessete anos! Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis. Uma delas é a de Pelé. Eu, com mais de quarenta, custo a crer que alguém possa ter dezessete anos, jamais. Pois bem: —verdadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racialmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: — ponham-no em qualquer rancho e a sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor.

O que nós chamamos de realeza é, acima de tudo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: — a de se sentir rei, da cabeça aos pés.

[...]

Ora, para fazer um gol assim não basta apenas o simples e puro futebol. É preciso algo mais, ou seja, essa plenitude de confiança, de certeza, de otimismo que faz de Pelé o craque imbatível.

[...]

Com Pelé no time, e outros como ele, ninguém irá para a Suécia com a alma dos vira-latas. Os outros é que tremerão diante de nós.”





GILBERTO GIL, AQUELE ABRAÇO!

João Álcimo Viana Lima

(03/12/2022)


Gilberto Gil, aos seus 80 anos de idade, foi hostilizado por uma gente, digamos, estúpida. Logo ele, que ao receber “régua e compasso” de sua Bahia, traçou seu caminho pelo Brasil e pelo mundo, delineando, edificando e grassando sua arte.

Arte musical e poética, cujos rabiscos, letras e tons simbolizam a expressividade da cultura brasileira.

Mas, a estupidez é inimiga da arte.

Em meio a esse triste episódio (além de outros), o talento de Gil, reverberado há seis décadas e reverenciado internacionalmente com todos os méritos, configura-se como um bálsamo de respeito ao próximo.

Que a paz invada o nosso coração! E que o amor seja plantado “nalgum lugar”, fazendo “ressuscitar no chão nossa semeadura”.

Aquele abraço a todos(as)!



SEU NOME É GAL: O CANTO QUE EMOCIONA E QUE NÃO PODE PARAR.

João Álcimo Viana Lima
(13/11/2022)

Em 28/11/2021, Caetano se apresentava no programa Altas Horas, ancorado por Serginho Groisman, na TV Globo. Sem que ele soubesse, Groisman anunciou a presença de sua amiga, conterrânea e parceira musical Gal Costa. Em seguida, durante a interpretação de “Força estranha”, com a potência e beleza vocálica de Gal Costa, Caetano (que compôs esse clássico musical em 1978) emocionou-se copiosamente. Ao perceberem seus olhos marejados, a plateia, o apresentador e a própria Gal foram também tragados pela emoção.

Em plena sintonia com a letra de “Força estranha”, Gal Costa é uma prova inconteste de que “a vida é amiga da arte” e que seu canto, com sua “voz tamanha”, não pode parar. Não vai parar...

“Por isso uma força me leva a cantar
Por isso essa força estranha...
Por isso é que eu canto, não posso parar
Por isso essa voz tamanha."