terça-feira, 1 de julho de 2014

NA FINAL DA COPA DE 1950, MULTIDÃO DELIROU AO SOM DE LUIZ GONZAGA. | Professor João Álcimo

NA FINAL DA COPA DE 1950, MULTIDÃO DELIROU AO SOM DE LUIZ GONZAGA.



Na final da Copa do Mundo de 1950, em 16 de julho, no Estádio Maracanã, o público, antes do jogo, foi presenteado com a apresentação de Luiz Gonzaga, o notável "Rei do Baião". Curiosamente, foi naquele ano, que o referido título foi cunhado a esse grande brasileiro nascido em Exu (PE). Vejamos o que escreveu o jornalista Armando Nogueira, no livro "A Copa que ninguém viu e a que não queremos lembrar", escrito em parceria com Jô Soares e Roberto Muylaert (Ed. Companhia da Letras, 1994):

"Palmas do público. A banda dos Fuzileiros, além de tocar muito bem, é um conjunto vistoso. O uniforme de gala dos músicos dá a impressão de que são todos almirantes de esquadra. Do bumbo ao bombardino. Agora é a vez do alto-falante alegrar a tarde. Todo um repertório de baiões. Primeiro, "Paraíba". Depois, "Baião de dois" e, depois, "Asa branca". É o gênero da moda no Rio. Só dá Luiz Gonzaga na sanfona, cantando Humberto Teixeira. A multidão delira. Cada baião é um hino da paixão nacional."

Vale a pena ler de novo: "Só dá Luiz Gonzaga [à época, com 36 anos] na sanfona, cantando Humberto Teixeira [cearense de Iguatu]. A multidão delira. Cada baião é um hino da paixão nacional."

Fica a pergunta: A autêntica música nordestina terá algum espaço na cerimônia de encerramento da Copa 2014, no próximo dia 13 de julho?

Luiz Gonzaga: "Cada baião é um hino da paixão nacional".
Capa do livro "A Copa que ninguém viu e a que não queremos lembrar".



Nenhum comentário:

Postar um comentário