segunda-feira, 24 de agosto de 2020
LIVRO - ANOTAÇÕES HISTÓRICAS DOS DISTRITOS DE TAUÁ.
Editora: Caminhar.
Disponível em:
LIVRO - UNIVERSIDADE E INTERIORIZAÇÃO UNIVERSITÁRIA.
Editora: Clube de Autores.
Disponível em:
https://clubedeautores.com.br/livro/universidade-e-interiorizacao-universitaria
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
25 ANOS DO CAMPUS DA UECE DE TAUÁ
A música “Conversa de botequim”, gravada por
Noel Rosa em 1935, retrata o tempo e o mundo de seu compositor intérprete,
quando a malandragem e a boemia carioca eram por ele exaltadas, cantadas e
vivenciadas. 60 anos depois, no sertão nordestino, os botequins foram alçados à
condição de ambientes, cujas conversas seriam impactadas pela presença da
instituição universitária em seu território.
Como
síntese das justificativas para o fortalecimento da interiorização
universitária, o então reitor da Uece, professor Paulo de Melo Jorge Filho,
asseverou que “quando uma universidade se instala em uma cidade mudam até as
conversas de botequim”. Sob esse
prisma, em
junho de 1995 foi
implantado
o Centro de Educação, Ciências
e Tecnologia
da Região dos Inhamuns (Cecitec).
Após 25 anos
de sua fundação, o legado do Campus
de Tauá tem
relação conceitual ou empírica com aspectos e valores inerentes às
universidades, tais como o princípio da liderança, a relação entre a dimensão universal
e a regional, o espírito replicante e plural e a utilidade social. Nesse
percurso, o fortalecimento da educação assentado em mais de 800 profissionais qualificados
em licenciaturas, a geração de oportunidades e de melhores perspectivas
regionais compõem um conjunto de influências resultantes dos trabalhos
desenvolvidos pelo Cecitec.
No
ano de seu Jubileu de Prata, não obstante sua credenciada vocação para a
formação de professores e a repercussão favorável da performance profissional
de seus egressos, paira o sentimento de que o Campus de Tauá, com base em ações planejadas estrategicamente e com
a garantia orçamentária estadual, necessita expandir a oferta e a natureza de
seus cursos. Para tanto, é indispensável atentar-se para os princípios
históricos da universidade pública e as demandas prevalecentes e mutantes do contexto
microrregional.
Ademais,
é inegável que o Cecitec, com sua credencial de protagonismo no Sertão dos
Inhamuns, tem influenciado na qualificação das conversas, mas, sobretudo, na
educação e nos diversos setores da sociedade que são por ele alcançados, direta
ou indiretamente.
Disponível em: https://mais.opovo.com.br/jornal/opiniao/2020/08/05/joao-alcimo-viana-lima--25-anos-do-campus-da-uece-de-taua.html
OS EFEITOS DA PANDEMIA NO FUNDEB
Se
não bastasse a preocupação com o iminente fim do FUNDEB e com a não aprovação,
até o momento, de um novo fundo para a manutenção e o desenvolvimento da
educação básica pública brasileira, a pandemia da Covid-19 vem impactando
perigosamente na retração das receitas educacionais nos últimos meses.
O
FUNDEB, constituído por recursos oriundos de um conjunto de impostos e
transferências legais, sentiu de imediato os efeitos da recessão econômica.
Convém lembrar que no final de cada ano é publicada uma portaria
interministerial com a estimativa do FUNDEB para o exercício seguinte, com base
na matrícula e na previsão da arrecadação tributária. Embora se trate de uma
estimativa, os valores anunciados servem de parâmetro para o planejamento anual
de cada sistema ou rede de ensino. Dessa
forma, quando se estabelece uma relação deficitária entre a previsão inicial e
a receita consolidada, a lógica do planejamento é seriamente comprometida. Os
prejuízos tendem a se acentuar nos municípios de arrecadações próprias pouco
representativas.
Dados
levantados apontam que em maio de 2019 os repasses no âmbito do FUNDEB para os
municípios cearenses representaram um índice de aproximadamente 7% superior à
média mensal prevista. Por seu turno, a receita do aludido mês em 2020 foi
inferior em aproximadamente 21% à média mensal estimada.
Esse cenário de
incertezas quanto à superação do coronovírus e de recuperação da economia
nacional requer dos dirigentes municipais a urgente tarefa de replanejamento,
de modo a evitar um eventual colapso administrativo e a preservar os compromissos
básicos, como o pagamento de pessoal e das despesas regulares de manutenção.
Além disso, os entes
federados, na execução de parte dos recursos provenientes da LC nº 173/2020,
não estão impedidos de contemplar as demandas educacionais, drasticamente
afetadas em suas fontes regulares de financiamento. Pelo contrário, a despeito
da inaptidão revelada pela atual direção do MEC, é imprescindível que haja a
convergência de ações para que sejam minimizados os danos provocados pela pandemia
na educação pública.
Disponível em: https://mais.opovo.com.br/jornal/opiniao/2020/06/13/joao-alcimo-viana-lima--os-efeitos-da-pandemia-no-fundeb.html