sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O sorteio da Copa e o patrimônio cultural brasileiro.

Hoje (6/12), no sorteio dos grupos para a Copa do Mundo no Brasil, a exibição das cidades-sede foi marcada pelas imagens de seu patrimônio histórico/cultural. 

Essa exibição se dá no âmbito do propagado e desejado "padrão FIFA". Pois bem, seguindo esse padrão, o patrimônio histórico/cultural (material e imaterial) é visto como identidade e riqueza de uma nação.

Theatro José de Alencar, em Fortaleza/CE.
Forte dos Três Reis Magos, em Natal/RN.
Complexo arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte/MG.
Imagem do Cristo Redentor, em Rio de Janeiro/RJ.
Pelourinho, em Salvador/BA.


MANDELA: LIÇÕES DE VIDA, AMOR E CORAGEM.

O mundo reverencia Nelson Mandela, falecido ontem (5/12/2013). De sua pequena Mvezo, projetou-se para Joanesburgo, para toda África do Sul e para o mundo, como símbolo de resistência, do antirracismo, de perseverança, de liderança e de estadista. 

Sua luta de várias décadas contra o Apartheid, seu encarceramento durante 27 anos e sua postura firme e pacífica na democratização da África do Sul, tornaram-no mito, sendo digno, portanto, das reverências recebidas.

Mandela, certamente, deu exemplos de vida, amor e coragem, como conta o jornalista norte-americano Richard Stengel, em uma das inúmeras obras escritas a seu respeito.

Abaixo, seguem alguns trechos do livro "Os caminhos de Mandela: Lições de vida, amor e coragem", de Stengel (Ed. Globo, 2010):

- "Coragem não é ausência de medo, ele [Mandela] me ensinou. É aprender a superá-lo".
- "No meio de situações turbulentas, Mandela é calmo e procura a calma nos outros. Realmente, ele irradia a calma. Perca o controle e você perde a situação".
- "Sim, quando jovem, muitas vezes tentou criar um alvoroço, mas a ideia para ele, agora [após sua libertação], é que é melhor ser um pouco sem graça e confiável do que inflado e obscuro".
- "Sua concepção é que líderes devem não apenas liderar, devem ser vistos liderando".
- "Claro, liderar na frente também significa tomar a iniciativa, e durante toda sua vida, em, momentos críticos, Mandela o fez".

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Baú da História

Baú da História: Panfleto de Lula Presidente (campanha de 1989). Panfleto da campanha do 2º turno de 1989 de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula per...

domingo, 1 de dezembro de 2013

"A VIDA ASSIM NOS AFEIÇOA", DE MANUEL BANDEIRA.

Manoel Bandeira



"Tudo o que amamos são pedaços / Vivos do nosso próprio ser". Esta é uma máxima do grande Manuel Bandeira, presente em uma de suas célebres poesias: A VIDA ASSIM NOS AFEIÇOA.


Leiamos a poesia na íntegra:

Se fosse dor tudo na vida,
Seria a morte o sumo bem.
Libertadora, apetecida,
A alma dir-lhe-ia, ansiosa: - Vem!

Quer para a bem-aventurança
Leves de um mundo espiritual
A minha essência, onde a esperança
Pôs o seu hálito vital;

Quer no mistério que te esconde,
Tu sejas, tão somente, o fim:
- Olvido, impertubável, onde
"Não restará nada de mim!"

Mas horas há que marcam fundo...
Feitas, em cada um de nós,
De eternidades de segundo,
Cuja saudade extingue a voz.

Ao nosso ouvido, embaladora,
A ama de todos os mortais,
A esperança prometedora,
Segreda coisas irreais.

E a vida vai tecendo laços
Quase impossíveis de romper:
Tudo o que amamos são pedaços
Vivos do nosso próprio ser.

A vida assim nos afeiçoa,
Prende. Antes fosse toda fel!
Que ao se mostrar às vezes boa,
Ela requinta em ser cruel...


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

AURÉLIO LOIOLA: LEMBRANÇA DE SUAS ACONTECÊNCIAS.


Capa da edição especial (2013).
Nesta semana, recebi do presidente da Academia Tauaense de Letras, Paulo de Tarso Bezerra Gomes, uma correspondência com alguns exemplares do jornal Acontecências, que foi editado durante 40 anos pelo escritor Aurélio Rodrigues de Loiola, falecido em abril deste ano. Trata-se de uma edição especial, carinhosamente organizada por sua esposa, a professora Gena Loiola, a quem agradeço a deferência de me enviá-la.  

A edição especial do Acontecências é um tributo a esse grande homem, com mensagens de familiares, amigos e admiradores. Aurélio, ou Professor Loiola, foi por natureza um diplomata, que conciliou intelectualidade com humildade, a erudição com o popular, a literatura com a fé e tradição com modernidade. Aurélio fez de sua capacidade literária e de suas poesias e poemas, instrumentos de vida, paz, amor, espiritualidade e de enaltecimento a sua terra natal.


João Álcimo, Elizângela Viana, Aurélio e Gena Loiola (2009).
Aurélio foi um estadista, que permaneceu bairrista; um poliglota, que nunca deixou de falar o vocabulário do Sítio Coroá e de Bezerros (seu berço natal, em Tauá/Ceará); um homem que viajou bastante (Américas, Europa e Ásia), mas que nunca abandonou a devoção à Santa do Rosário e que jamais “enxugou” os pés das águas do rio Trici. Valorizando a comunicação, ao estilo tradicional, Aurélio tinha em sua mala direta cerca de 400 endereços, para quem escrevia mensalmente.


Sampaio Moreira, João Álcimo, Radir Rocha e Aurélio Loiola  (1997).
Em Paulista/Pernambuco, mais precisamente na Praia de Maria Farinha (seu berço por adoção e, também, predileto), o poeta montou sua "embaixada", tendo como missão a propagação de Tauá, por intermédio das letras, consubstanciadas em 14 livros publicados, no jornal cultural Acontecências e em outras diversas publicações. De fato, como expressa este mote em decassílabo: COM AURÉLIO A CULTURA TAUAENSE / ULTRAPASSA AS FRONTEIRAS DE TAUÁ. 

Sem suas frequentes correspondências e seu fraternal periódico, fica um enorme vazio de cultura, alegria e camaradagem. Como alento, fica a doce lembrança de seus contatos diretos e de suas ACONTECÊNCIAS.